No ano de 1936, quando Lagoa da Italianinha ainda era o pequeno sítio Maniçoba, então município de Vila Dourada, a jovem Flavinha desafiou sua família e tornando-se evangélica, decidiu difundir sua fé entre as pessoas do sítio.Flavinha era a irmã mais nova do coronel Jefferson, de Naná e da Maria José, essa, a única que a apoiou, apesar de não ter abraçado a fé de sua irmã. Na ocasião de sua conversão, por volta de 1932 - ainda antes da chegada dos italianos -, Flavinha morava com os três irmãos, além da cunhada Girlene - casada com Jefferson - e as sobrinhas Jennifer e Geovana, filhas dele.
Mas Flavinha foi expulsa de casa, e foi morar em uma casa simples perto da venda de Ed. Maria José decidiu ser solidária à Flavinha. Apesar de Maria José não concordar com o protestantismo, ela achou injusto o tratamento dado à sua irmã caçula e era contra qualquer perseguição por motivos religiosos. Naná preferiu ficar em casa, mas não se colocou contra Flavinha.
Flavinha se tornou evangélica em um momento que naquele pequeno sítio tinha apenas católicos, com exceção da alemã Inalda, que era judia. Por isso, tal conversão causou muitas polêmicas na época. Mônica, a prima distante de Jefferson, proibiu Flavinha de pisar em sua casa, e Mônica, juntamente com Lady Andréia, desencorajava qualquer conversa de alguém com Flavinha.
O padre Francisco e a Irmã Renata Augusta ainda tentaram fazer Flavinha desistir da ideia de ser crente, mas foi em vão. Flavinha virou missionária e começou a pregar o evangelho. Mas as autoridades políticas de Vila Dourada interferiram proibindo aberturas de igrejas protestantes.
Flavinha, apesar de ser muito perseguida, conseguiu abrir uma congregação no centro de Vila Dourada, e fazer o evangelho crescer na cidade. Flavinha viria a se casar e a formar uma família, sendo avó da atual prefeita Myllena, da juíza Suely, da atual presidente da Câmara Karoline e da empresária Ilene.
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