Nadando em um lago no sítio Maniçoba, no agreste de Pernambuco, a camponesa descalça Maria Clara se divertia no meio da água. A jovem sempre foi amante da natureza. Filha de índios, Maria Clara cresceu no mato, e quando já adulta, morava em uma cabana, gostava de dormir no chão e só andava descalça - conta-se que ela jamais usou um calçado em toda sua vida.
Por volta de 1936, no sítio, alguns a olhavam com estranheza, pelo modo de vida que ela levava. Outros, porém, gostavam do jeito autêntico dela. Maria Clara também não conseguiu ter um amor, sendo que nunca despertou interesse dos homens nem no próprio sítio nem em Vila Dourada, cidade a qual o referido sítio pertencia.
Maria Clara, apesar de sua força, sofria por não conseguir um amor. Ela começou a aprender pinturas com sua amiga, a pintora alemã Inalda, a quem ela tinha como uma segunda mãe. Só conseguiu encontrar um amor depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o italiano Fausto, que foi morar ali depois de deixar o seu país.
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