Mesmo já tendo deixado de ser moradora de rua, Pri parece que não abre mão de uma diversão no chafariz da praça. Certa manhã, ela ia para a lanchonete de Quitéria, onde trabalha, quando não resistiu e entrou na fonte, onde começou a se banhar. Ela estava com um vestido preto e descalça, como sempre.
Naquele momento, alguns passavam e observavam Pri. Ela se divertia como criança na fonte. Por ali estavam Eraldo e Valdenes, sendo que Valdenes disse:
- Minha sobrinha Pri relembrando os velhos tempos quando ela morava nas ruas.
Ali estavam também Eugênio e Joni Von, dois amigos. As beatas Leda, Selma e Cláudia passavam por lá, e chamavam Pri de "pecadora". O Frei Jociel também viu e ficou de boca aberta. Ele disse:
- Como ela é ousada!!!!!!!
Pri não saiu logo da fonte; em dado momento, Flaviana, sua colega de trabalho, passou ali e viu Pri na água. Ela chegou na lanchonete e disse pra Quitéria:
- Dona Quitéria, acho que Pri não vai poder começar a trabalhar assim que chegar aqui...
- Por que não?
- Porque ela vai estar encharcada, molhada. Está se banhando na fonte.
- Oxe, que maluca. Ela não é mais mendiga, ela tem onde tomar banho.
- Pois é.
Pouco depois, Pri chegou, e imaginava que ia levar uma bronca da Quitéria, mas ela disse:
- Pri, vou te emprestar uma roupa, coloca esse teu vestido no varal. E vamos trabalhar, ok?
- Sim, senhora.
Pri trocou de roupa, pôs o vestido no varal e foi trabalhar.
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