Dentre os seis anos que Alessandra passou em um campo de concentração, entre 1939 e 1945, foi em 1941 que ela esteve mais perto da morte. Alessandra adoeceu gravemente, devido às péssimas condições que ela era submetida, e os oficiais praticamente decidiram executá-la a tiros.
Mas Klaus, um dos oficiais, não concordou com a execução de Alessandra. Ele decidiu por conta própria, chamar o Dr. Becker, que apesar de ser especialista com crianças, aceitou medicar Alessandra. Becker teve livre acesso ao campo porque ele fingia ser apoiador do nacional-socialismo, e acabou nutrindo amizade com os oficiais, mesmo correndo risco de morte caso fosse descoberta sua traição.
Becker medicou Alessandra, e ela se sentiu melhor. Alessandra disse:
- Pensei que tu ia me matar, moço. Sou negra, sou de esquerda...
- Nada disso, mas fica quieta. Aqui todos pensam que sou a favor deles.
Os oficiais superiores não entendiam o apreço de Klaus por Alessandra. Klaus dizia que "Alessandra é uma prisioneira importante".
Anos mais tarde, em 1971, Alessandra, morando em Maceió, Alagoas, Brasil, descobriu que Becker estava morando na África do Sul, e escreveu uma carta para ele, agradecendo a ele pela sua recuperação trinta anos antes. Ele respondeu à carta, desejando saúde e vida longa para ela.
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