Pelas ruas de Porto, Adolfo e Fátima passeavam juntos. Ela tinha pedido permissão ao pai, Manuel, para passear com ele, e Manuel disse, feliz:
- Pode ir e não tenha pressa.
Adolfo e Fátima conversavam muito. Fátima dizia:
- Sabe, quando eu era adolescente, conheci minha avó Mary Dee, que morava no Brasil. Ela era um encanto, tão maluquinha e tão doce...
- Eu sempre escuto falar dela, lutou até contra o Estado Novo aqui.
- Verdade, por isso ela correu para o Brasil, pegou um navio cheio de italianos e se meteu lá pelas bandas de Pernambuco. Tenho parentes em uma cidade lá chamada Lagoa da Italianinha. Meu pai Manuel cresceu sem estar perto dela, mas depois da guerra, eles puderam se rever. Meu pai passou uns tempos morando por lá só voltou pra cá depois que minha vó morreu.
- Uma linda história.
Adolfo abraçava Fátima, que parecia começar a se render ao amor do seu vizinho.
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