Numa certa tarde, em Vila Dourada, nadando em um lago, passou por ali de carro, e desceu dele, o empresário Ademar. Ele olhava Érica e dizia:
- Quem era essa menina, agora tá assim, desajuizada, de roupa e tudo na água, com ursinho de pelúcia na mão...
Érica saiu da água, e disse para ele:
- O senhor é muito nojento.
- Me respeita, que eu sou o empresário mais respeitado em Vila Dourada.
- Mas não presta como ser humano! Me roubou, mas o senhor vai pagar, pode até não ser com justiça dos homens, mas com a justiça dos céus.
- Eu não acredito em "justiça dos céus" tudo isso é bobagem...
- Claro... um cara que mata sua própria filha...
Ademar disse:
- O que tu tá insinuando, sua louca?
- Eu vi um rapaz sabotando o carro de sua filha antes daquele acidente que ela sofreu quando ia pra Lagoa da Italianinha. E vi o senhor dando dinheiro pra ele.
- Deixa de ser louca, eu não mataria minha própria filha!
- Não mesmo? Do senhor eu só não espero boas ações.
Érica saiu dali, e Ademar, sozinho, dizia:
- Preciso dar um fim nessa louca. Só não fiz isso agora por que estou desarmado...
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