Corria o ano de 1866, e na mansão em Fortaleza, num dia de domingo, o barão Almir estava à mesa com sua esposa Delma, os filhos Aline, Alvanir e Aurineide e as sobrinhas Denise e Armanda, sendo que ali estavam também a Irmã Isabela e o idoso Sr. Thomas, que já tinha 90 anos. Também estavam ali as escravas Socorro e Adriállina.
Em dado momento, o Sr. Thomas reclamou de alguns gritos de Armanda, no que Armanda respondeu:
- Velho, não se meta, tu já tá fazendo hora extra nesse mundo, me deixa em paz!
Almir disse:
- Mais respeito com o Sr. Thomas.
- Ah, não sou obrigada a levar puxão de orelha desse velho!
- Armanda, não vou admitir que você falte com o respeito com o Sr. Thomas! - disse Alvanir.
- Pronto, chegou a defensora dos fracos e oprimidos! Me poupe, tá, vai cuidar da tua vida.
Almir disse:
- Chega, Armanda! O Sr. Thomas foi criado com muito amor pela minha avó Brenda, mesmo sem ele ser filho dela, sendo um órfão. Eu conheci minha avó ainda pequeno, e ela sempre disse que queria que nós cuidássemos dele. Não vou admitir essa sua falta de respeito!
Armanda disse:
- Quer saber? Perdi a fome!
Armanda subiu para o seu quarto, e Alvanir disse:
- Não ligue pra ela, Sr. Thomas. Essa daí é uma mal-amada que não gosta nem dela mesma!
Sr. Thomas disse:
- Eu vejo essa atitude dela só me lembro da Sinhá Adriana, a mulher que mandou matar meus pais, quando eu ainda tinha seis anos de idade... Ela era assim, cruel, preconceituosa, arrogante e prepotente... eu lamento, meu caro Almir, pela sua sobrinha...
- Não é culpa do meu irmão, ele a criou com amor. Mas infelizmente, ela é assim.
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