sábado, 5 de outubro de 2024

A enfermeira que superou preconceitos

 

Morando em uma distante aldeia no norte da Suécia, a bela jovem enfermeira Blenda se viu envolvida em uma relação bastante perigosa. O ano era 1945, a Segunda Guerra Mundial havia chegado ao fim, e ali perto vivia um rapaz que fugira da Alemanha, tendo sido oficial nazista. Ao saber da origem do moço, Blenda, inicialmente, ficou arrasada. 

Klaus fugira da Alemanha após os soviéticos tomarem Berlim. A prisioneira do campo de concentração, Alessandra, que ele protegera depois de arrepender de suas ideias, havia conseguido sair do campo, e passando um tempo internada, foi embora para o Brasil, se estabelecendo em Maceió. 

Blenda viu que Klaus ainda tinha ferimentos, e os tratou. Klaus disse:

- Blenda, por favor, não tenha medo de mim. Eu me sinto o homem mais nojento da terra por algum dia eu ter defendido aquele monstro do Hitler. 

- Calma, sua saúde é mais importante agora. 

Blenda cuidou dele. Com o tempo, ela convenceu-o a entregar-se para a Justiça. Klaus, decidido a recomeçar, decidiu se entregar. Enfrentou um julgamento em Estocolmo e pelo fato de sua participação não ter sido ativa, além de arriscar sua vida para proteger uma prisioneira, foi condenado a cinco anos de prisão, ficando até 1952 na cadeia. 

Blenda levava roupas e comidas para Klaus na cela. Depois de deixar a prisão, Blenda superou as críticas dos pais e se casou com ele, pois havia se apaixonado por ele. A mãe de Blenda temia que ele matasse sua filha. Mas não foi o que aconteceu. Até morrer em 1972, Klaus foi um marido dedicado e cuidava da mulher que lhe deu uma chance de uma nova vida. Tiveram filhos, sendo uma delas a Dagmar, que se casou anos mais tarde com Adam e seria mãe de Gustav e Greta. Atualmente, Dagmar e sua família moram no Brasil, mais propriamente em Lagoa da Italianinha. 

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