O ano era 1855. Em Fortaleza, no Ceará, três filhas do barão Almir e da baronesa Delma eram muito queridas na alta sociedade. Aline, que na época tinha 11 anos, Alvanir, que tinha 10 anos, e Aurineide, que tinha 9 anos.
Na época, o irmão mais novo delas, Daniel, ainda não era nascido - só nasceria em 1860, cinco anos depois.
As três irmãs eram criadas com muito amor, e o caráter delas chamava muita atenção. Apesar de serem ricas, nenhuma delas demonstrava orgulho ou prepotência. Elas tratavam as escravas Socorro e Adriállina, por exemplo, com carinho. Alvanir chegava ao ponto de chamá-las de "tias".
Alvanir se destacou mais por ter virado pianista, escritora e defensora da causa abolicionista. As outras duas irmãs (a mais velha e a mais nova) viviam mais pela família do que defendendo alguma causa.
As três formaram também suas respectivas famílias: Aline se casou com um imigrante italiano e foi morar na Itália; Alvanir se casou com um ex-escravo liberto, que era jornalista; e Aurineide se casou com um filho de um barão amigo de seu pai. Dessas três, descendem a maior parte dos habitantes de Lagoa da Italianinha.
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