O ano era 1976. Dalva Villegagnon, de família tradicional de Vila Dourada, estava idosa e muito doente. Dalva tinha 80 anos, estava na miséria, morando em um casebre de favor após torrar dinheiro com vestidos e jóias.
Nessa época, Dalva era a mais velha irmã Villegagnon viva - Arnaldo, Beatriz, Carlos e Francielly já tinham morrido -, sendo que Estêvão tinha 78 anos, Gustavo tinha 74 anos e a adotada Helena tinha 72 anos.
Gustavo e Helena visitavam a irmã com uma frequência, mas Estêvão, não. Vale ressaltar que Estêvão, que por sinal, era solteiro, morava sozinho e era comunista, odiava a irmã pelas maldades que ela fizera com Francielly, a irmã que Estêvão mais amava.
Gustavo era padre, e só via a irmã de vez em quando. E Helena era quem a visitava mais frequentemente.
Pra piorar, Dalva vinha tendo pesadelos, e um certo dia, a ser malvada Ana Rowena apareceu pra ela, e disse:
- Está chegando a hora de tu vir comigo...
- Eu???? Nem sei quem é tu!
- Calma, tu matou tua irmã Francielly, tu fizesse tantas coisas...
- Eu matei e mataria de novo aquela amostrada!
Ana Rowena exalava um forte cheiro de enxofre e exalava fumaça. Dalva disse:
- Saia!!!! Saia!!!!!!
Dalva morreu pouco depois, e no enterro, Helena disse ao Gustavo:
- Eu sei que como tu é padre, tu vai dizer que ela seja colocada em um bom lugar... mas eu sinto que ela tá sofrendo muito, mas muito, mesmo... Ela cometeu muitas maldades na vida.
- Mas será que ela não pode ter se arrependido?
- Não, acho que não... alguns dias atrás, eu a escutei falando com alguém, e ela dizia que "matou Francielly e mataria de novo". E o pior é que nem vi com quem ela estava falando. Ou estava falando sozinha ou estava tendo alguma alucinação.
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