Desde que foi vendida para Sinhá Adriana, a vida da escrava Gilmara virou um tormento. Gilmara cozinhava e arrumava a casa da Sinhá Adriana, mas era maltratada por ela e sua filha.
O ano era 1776 quando Gilmara passou a trabalhar na casa da Sinhá Adriana. Ela, que nasceu em 1730, já tinha 46 anos nessa época e aparentava um pouco mais por conta de uma vida de sofrimento.
Apesar de tudo que viveu, Gilmara, na casa, tinha carinho pela francesa Jacilene e por Edlene, a tia da Sinhá Adriana, que tinha um caráter diferente da sobrinha.
Qualquer pequeno erro de Gilmara, seja uma cama mal arrumada ou sal a mais na comida, a Sinhá Adriana lhe impunha os mais cruéis castigos, como tortura ou açoites no tronco.
Gilmara passou 18 anos nessa vida de sofrimento. Em 1794, aos 64 anos, conseguiu a sua carta de alforria, mas estava um tanto doente, resultado dos anos de castigos severos. Gilmara, mesmo assim, sonhava com a libertação dos escravos, que já era bandeira dos movimentos de liberdade que já atuavam na época.
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