Nos arredores de Roma no começo dos anos 20, o pequeno Fausto, mesmo com pouca idade, conseguia entender muito da situação política do seu país. O ano era 1922, e ele tinha 9 anos. A Primeira Guerra Mundial havia terminado, e embora a Itália tivesse lutado ao lado dos vitoriosos, não foi muito recompensada.
Fausto vivia em um ambiente ultranacionalista, tendo um pai que havia combatido na Primeira Guerra Mundial. Fausto nasceu em 1913, faltando um ano para estourar a guerra. Chegou aos cinco anos de idade sem a presença do pai, que só voltou para casa ao fim do conflito.
Fausto era ressentido em ver nações como França e Inglaterra prosperarem, enquanto sua amada Itália não saía do lugar. Por isso, ele começou a ficar fascinado pelos discursos de Mussolini, que viraria o primeiro-ministro naquele ano. Um tio de Fausto participou da Marcha sobre Roma. Embora ele tenha pedido para participar, ele foi rejeitado.
Fausto também tinha pensamentos errados sobre outros países, principalmente os da África, América e Ásia. Também desprezava as camponesas, não queria amizade com meninas pobres, achava elas "bestas".
Mas se tem alguém que o famoso ditado "nunca diga dessa água não beberei" se aplica, é ao Fausto mesmo. Após lutar na Segunda Guerra Mundial, se desiludir com Mussolini e o fascismo, ser rendido por um brasileiro, acabou indo morar no Brasil, e se casou com uma camponesa descalça que era filha de índios, a Maria Clara - sim, as camponesas que ele detestava, uma delas acabou virando sua esposa. Geraram uma filha, a Leda, e do Brasil não saiu mais até morrer, em 1990.
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