Numa certa noite, no restaurante de Paula, o clima esquentou. Isso porque Josenilda e Marlene acabaram se encontrando. Josenilda é a atual diretora da rodoviária, e Marlene é a ex-diretora, e dona da lanchonete no Terminal, que inclusive, a prefeita Myllena planeja mudar de endereço.
Josenilda chegou, quando Marlene já estava lá, e Josenilda disse:
- Não imaginava, dona Paula, que aqui estivesse sendo mal-frequentado...
- Como assim? - disse Paula.
Marlene escutou e disse:
- Isso é comigo, né?
- Como tu pode adivinhar que é com você?
- Eu sei que tu me odeia.
Josenilda disse:
- Eita, tu tem razão, eu te odeio, mesmo.
- Ótimo. É recíproco.
Paula disse:
- Senhoras, por favor, não vamos brigar aqui.
- Não vim pra brigar, vim pra comer. - disse Josenilda.
Marlene disse:
- Olha, eu vou sair, terminar meu jantar. Mas saiba de uma coisa, Josenilda. Isso não vai ficar assim. Tu aceitou a nomeação da prefeita pra me afrontar.
- Sabe que eu sou tão pilantra que pode ter sido por isso mesmo? Te afrontar é meu maior prazer, Marlene.
- Tu não vale o peido de um gato, Josenilda!
- Pelo menos, eu não fui presa.
Marlene ia bater em Josenilda, quando Paula as separou, dizendo:
- Parem, por favor. Não quero brigas aqui. Marlene, volte pra terminar seu jantar.
- Não precisa, eu perdi a fome. Pode dar o resto da comida para algum morador de rua que tiver por aqui. Vou embora.
Marlene se retirou, e Josenilda disse:
- Ao menos, ela pagou?
- Claro, ela pagou na entrada.
- Ah, que bom. Agora que eu me livrei dessa presença indesejada, por favor, quero comida, vou pagar e quero um jantar delicioso, e vou comer tudo para que a senhora não tenha que dar nada para esses mendigos vagabundos. - disse Josenilda.
- Está certo.
Paula entrou, e dizia para si mesma:
- Não sei quem dessas duas é pior.
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