Mesmo sendo francesa de nascimento, Jacilene cultivou um longo amor pela cidade mineira de Vila Rica, onde viveu de 1782 até o começo do século XIX, quando se mudou para o interior de Pernambuco.
Jacilene sonhava com a independência do Brasil, e não só isso: queria que o Brasil fosse republicano, com o mesmo modelo da recém-criada nação dos Estados Unidos da América, e que sua amada Vila Rica fosse a capital do Brasil.
O amor de Jacilene por Vila Rica foi muito forte, de modo que ela só deixou a cidade após vinte anos, e apenas por dois motivos: questão de segurança - Sinhá Adriana, que a acolheu na cidade, havia se tornado sua inimiga mortal, pois Jacilene não concordava com as maldades dela - e também pelo fato de seu marido ser pernambucano.
Mesmo morando no interior de Pernambuco, Jacilene jamais se esqueceu da cidade mineira. Sempre trocava cartas com Milena, Neide e com o casal Wrialle, o americano, e Fabiana, que moravam lá. Também se correspondia vez por outra com o casal Aurélio e Áurea.
Por volta de 1811, foi fundado um pequeno povoado, e o marido pediu à Jacilene que ajudasse a dar nome ao local, que ficava encostado em uma serra no agreste de Pernambuco. Jacilene disse:
- Vila Dourada. Soa bem parecido com "Vila Rica".
Esse é o nome da cidade até hoje.
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