sábado, 5 de outubro de 2024

A escrava de Sinhá Adriana


 No final do século XVIII, em Vila Rica, a Sinhá Adriana tinha em sua casa a escrava Gilmara, que lhe servia com dedicação. Mas apesar de tanta dedicação, Gilmara era bastante humilhada constantemente. No ano de 1782, a francesa Jacilene chegou do seu país, sendo recebida pela Sinhá Adriana, que lhe preparou um jantar. 

Em dado momento, ao reclamar do seu jantar, que estava com mais sal, Sinhá Adriana disse:

- Tu não presta, escrava. Nunca vi uma escrava tão derrubada, não faz nada que preste!

- Me desculpe, sinhá! 

- Nada de desculpas, mais um erro desse e vai pro tronco! 

Jacilene disse:

- Mas não precisa tratar ela assim, dona Adriana. 

- Precisa, ela é minha propriedade! 

Sinhá Adriana disse para Gilmara:

- Se retire!

Quando Jacilene foi dormir, ela pediu para Gilmara preparar sua cama. Gilmara disse:

- Desculpe se não estiver muito bem arrumada...

- Claro que está. Por favor, não se acanhe. Não gostei da forma que dona Adriana lhe tratou.

- Mas é assim que sou tratada direto. Meus pais vieram da África, trazidos como escravos, eu cresci nessa mansão. 

Jacilene viu que Gilmara estava descalça, e disse:

- Quer sapatos?

- Senhora, me desculpe, mas nós, escravos, não podemos usar sapatos. 

Jacilene disse:

- Nossa, aqui no Brasil parece que é meio cruel a coisa...

- Sim. 

- Olha, vou dormir. Não se preocupe, qualquer coisa, pode falar comigo. 

Gilmara saiu, e Jacilene adormeceu. Era sua primeira noite em Vila Rica. 

Um comentário:

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