Recém-chegado da Suécia, o jovem Gustav começou a frequentar a escola de música de Eraldo, fazendo amizade com ele e com Valdenes. Gustav se destacava tocando saxofone, chamando atenção dos que ali estavam.
Certo dia, Gustav, que já começava a falar bem o português, disse ao Valdenes:
- Moço, tu sabe por aqui onde fica uma loja de flores? Meu pai pediu pra fazer uma surpresa pra minha mãe, comprar tulipas pra ela.
Valdenes disse:
- Oxe, aqui mesmo do lado tem uma loja de flores, fala lá com a dona Cileide, e lá tem duas funcionárias, a Aline Débora e uma tal de Lavínia.
- Muito obrigado... é assim que se diz aqui no Brasil, né?
- Sim.
Gustav saiu dali e foi à floricultura. Ele foi atendido por Lavínia, e de repente, começou a olhar muito para ela. Lavínia tem albinismo, e ele ficou encantado. Lavínia disse:
- Algum problema, moço?
- Não, não. Como você se chama?
- Lavínia. E você, moço, parece que não é daqui...
- Realmente, não, vim da Suécia. Eu me chamo Gustav.
Aline Débora olhava os dois, e sentia que estava tendo um clima. Lavínia vendeu as tulipas para Gustav, que saiu dali encantado com ela. Aline Débora disse:
- Parece que ele gostou de tu.
- Bobagem, bobagem...
Gustav chegou na escola de música com as tulipas, e perguntou ao Valdenes:
- Eu vi lá uma moça, e me encantei por ela!
Valdenes olhou com maus olhos e disse:
- Quem?????
- Uma bem branca, que tem albinismo...
Valdenes mudou seu semblante e disse:
- Ufa, ainda bem...
- Ainda bem por que?
- Nada, nada....
- Aquela moça mora onde, tu sabe?
- Ela tá morando na casa da Aline Débora, lá no sítio Mandacaru, perto da divisa com Lajedo.
- Hum...
- Ela tem um negócio, parece que se chama albinismo...
Eraldo chegou e disse:
- O que está acontecendo aqui?
- Nada, fui só aqui na loja de flores comprar umas tulipas que meu pai quer dar para minha mãe.
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