domingo, 29 de outubro de 2023

A Família Villegagnon

 

No começo do século XX, em Vila Dourada, município do interior de Pernambuco que englobava o sítio Maniçoba, atual Lagoa da Italianinha, vivia uma família rica e poderosa. Descendente de Jacilene, tida como uma das fundadoras da cidade, Jorge veio da França e se casou com Joana, que era pernambucana. O casamento ocorreu em 1889, e eles geraram sete filhos: Arnaldo, Beatriz, Carlos, Dalva, Estêvão, Francielly e Gustavo, além da adotada Helena. Jorge tornou-se líder político nessa cidade. 

Como já contado em uma história anterior, a Francielly se envolveu com o motorista Leandro, vinte anos mais velho que ela, sendo ela expulsa de casa e deserdada. Morreu tragicamente em uma queda de cavalo quando seus pais e irmãos eram todos ainda vivos, em 1935. 

A Segunda Guerra Mundial mudou a vida dessa família, já abalada pelo escândalo com a filha preferida de Jorge. Arnaldo foi chamado para combater na Segunda Guerra Mundial, mas acabou morrendo na Itália, na tomada de Monte Castelo, nas mãos do seu conterrâneo Antônio Neto. Joana era viúva já na ocasião e teve que lidar com a perda do segundo filho. Joana, já doente e idosa, foi morar no interior do Piauí com sua filha Beatriz, a que mais amava sua mãe. 

Quanto aos outros filhos, o Estêvão também causou desgosto na família ao se tornar comunista e se envolver nessas lutas do proletariado. Dalva foi a mais malvada das filhas, tendo até mesmo roubado sua mãe. Alguns até a acusavam de ter provocado a morte de Francielly, inclusive. Carlos se envolveu na política, tornou-se prefeito de Vila Dourada, mas viu a emancipação de Lagoa da Italianinha ocorrer durante seu mandato. Carlos acabaria morrendo pouco depois, ainda como prefeito. 

Gustavo se tornou padre, e Helena, a filha adotada, constituiu família, tendo sido a única a viver até o começo do Século XXI. 

Em Vila Dourada, nove ruas nomeiam cada um dos membros da família, menos Francielly, que em compensação, nomeia uma das ruas principais de Lagoa da Italianinha, cujo líder da emancipação foi seu filho Augusto, que seria prefeito da cidade por duas vezes. 

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