Na época que o Brasil atravessava o regime militar, em Lagoa da Italianinha os oposicionistas foram duramente perseguidos, especialmente durante o governo do Coronel Pontes Florêncio, pai do atual deputado estadual Moab, que governou entre 1973 e 1977 e fez seu sucessor.
Entre os moradores da cidade que sofreram com a ditadura estava Maria Clara, a simples camponesa. Maria Clara, em 1968, quando o AI-5 foi baixado, era casada e tinha 50 anos de idade, e já tinha uma filha, a Leda. O marido italiano de Maria Clara foi acusado de ser comunista, e Leda era hippie e andava pelas ruas com a feminista Lidia Silva.
Maria Clara, já em 1973, foi presa e acusada de esconder comunistas em sua casa. Foi interrogada e passou alguns dias sofrendo duras penas. Foi um verdadeiro sacrifício até que Maria Clara conseguiu provar sua inocência. A saúde da camponesa descalça ainda ficou meio fraca depois do episódio. Atualmente, sua filha Leda, a ex-hippie que hoje é beata, já tem 76 anos e ainda luta pela indenização. Onde ficava a casa de Maria Clara, cresceu o Loteamento Maria Clara, ao sul do Loteamento Monte Castelo e ao lado do Loteamento Vale da Lua.
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