Numa certa manhã de domingo, a Sílvia e a Cássia, conhecidas em Lagoa da Italianinha por suas maluquices, estavam na rodoviária, conversando juntas. Marlene viu as duas e disse para suas duas funcionárias Santa e Deinha:
- Pronto, aquelas duas não batem bem do juízo, e agora juntas, tu vai ver...
Sílvia dizia pra Cássia:
- Veja você, sou uma pessoa livre, na fazenda eu moro dentro de um barril, e eu não me importo com que falam de mim, eu mesma joguei todos meus calçados que eu tinha fora e só ando assim de pés no chão, e homem nenhum ousa se aproximar de mim porque sabe que não me dobro.
Cássia pouco falava, mas em dado momento, ela deu um sorriso maroto e disse:
- Eu só quero da minha vida é me lambuzar, me sujar, me molhar... quando cai uma chuva, mesmo, eu corro na chuva, amo levar chuva...
- Bora ali comer um bolo? Eu pago!
As duas foram pegar bolo, só que enquanto Sílvia comia com as mãos, Cássia jogou seu rosto sobre o bolo, de modo que ficou lambuzada, com o rosto sujo de bolo. Deinha disse:
- Oxe, pia pra isso, dona Marlene...
Marlene disse:
- Deixe, elas já pagaram, mesmo...
Depois, Cássia disse:
- Tô com vontade ir pro chafariz, me banhar por lá...
- Pode ser, eu quero... já tomei banho no chafariz.
As duas saíram dali e foram se jogar no chafariz da praça. Alguns riam das duas malucas.
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