Brenda e Jacilene, que viviam em Vila Rica no século XVIII, viriam a ser antepassadas dos habitantes de duas cidades vizinhas em Pernambuco: Lagoa da Italianinha e Vila Dourada, respectivamente. São descendentes das duas jovens que fundaram e levaram adiante o crescimento de ambas as cidades. Jacilene morou na casa da Sinhá Adriana, e por sua vez, protegia Brenda e o pequeno órfão Thomas das maldades da sinhá.
Jacilene, que viera da França, morou em Vila Rica até 1792, pouco depois do enforcamento de Tiradentes. Após casar-se com um pernambucano, estabeleceu-se com ele em um vilarejo no agreste de Pernambuco, nas proximidades de Caruaru. Nascia ali Vila Dourada, que ganhou esse nome por haver reservas de ouro. Vila Dourada já se emancipou logo em 1811, quando Jacilene já tinha 59 anos.
Já de Brenda, uma jovem mineira, muito simples e pobre, casaria-se com o amor de sua vida, homem de posses, e se mudou para Fortaleza, no Ceará, com ele. Seu filho mais velho seria pai de um barão, que geraria três filhas: Aline, Alvanir e Aurineide.
Aline casou-se com um italiano e se mudou para a Itália em 1875. Já Alvanir casou-se e gerou duas filhas: Lucinha e Mônica. Alvanir, já com 70 anos, comprou uma casa no agreste de Pernambuco, exatamente no município de Vila Dourada. Por ali, passaria a morar também o coronel Jefferson, neto de Aurineide.
Em 1935, chegaram no local imigrantes italianos, vindos da cidade de Verona, mas entre eles, havia Jadiael, que por ironia do destino, era neto de Aline. Não foi nada planejado, por sinal. Com a chegada dos italianos, o desenvolvimento do pequeno sítio Maniçoba cresceu a ponto de se emancipar de Vila Dourada e formar a cidade de Lagoa da Italianinha. E assim, uma simples vendedora de comida que morava em uma cabana e uma jovem francesa inteligente deram origem a duas cidades vizinhas em um local que elas jamais imaginariam.
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