Durante o tempo que permaneceu internada no manicômio em Milão entre os anos de 1939 e 1946, a Tia Sandra viveu uma rotina bem diferente. Diagnosticada com problemas de loucura, uma espécie de retardo mental, a Tia Sandra, em 1939, já tinha 48 anos, mas agia como criança, não largando de sua boneca de pano. Várias vezes fugiu de casa e passou noites nas ruas de Verona, principalmente depois que sua sobrinha Lanie foi morar no Brasil.
Algumas vezes, Tia Sandra tinha episódios de nervosismo, quando era contrariada ou mesmo quando aconteceu, nesse período, de algumas bombas caírem nas proximidades desse local, devido à Segunda Guerra Mundial. Era praticamente comum ver Tia Sandra usando uma camisa-de-força durante esse período que esteve internada. Sua família de Verona pouco foi visitá-la.
Lanie, no Brasil, mais precisamente em Pernambuco, recebeu uma carta, onde contava que a Tia Sandra estava internada no manicômio. Apesar da sensação de alívio por Tia Sandra não estar mais vivendo pelas ruas, ela nutria ainda uma preocupação de trazê-la para o Brasil.
Certo dia, em 1941, Tia Sandra recebeu seus parentes. Ela estava com camisa-de-força, e ficou bastante nervosa. Ela disse:
- Sumam daqui! Saiam da minha frente! Não quero ver vocês! Só quero ver a Lanie!!!! Sumammmmm
Tia Sandra começou a chorar, e os médicos mandaram a família dela embora. Foi a última visita da família ao manicômio. Em 1946, finalmente, Tia Sandra saiu do manicômio e foi levada por Lanie para o Brasil.
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