Quem já viu algumas fotos de uma freira que viveu no início da cidade de Lagoa da Italianinha se impressiona com a semelhança física entre ela e a mendiga Renata. Um detalhe é que até mesmo o nome é exatamente o mesmo.
Na realidade, a referida freira, a Irmã Renata Augusta, nasceu na Alemanha em 1897, e era uma jovem que gostava de farras e bebidas. Até que em 1927, já prometida em casamento, decidiu largar tudo para abraçar a vida religiosa. Ela, nessa ocasião, já morava em Recife, já que sua família havia deixado a Alemanha alguns anos antes por conta das instabilidades políticas de lá.
Renata Augusta, diante de sua família, tirou os calçados, jogou fora e rasgou sua própria roupa, o que a fazia querer dizer que dali em diante, viveria uma vida totalmente despojada. Foi deserdada, mas mesmo assim, foi para um convento. Foi mandada em seguida para auxiliar o padre Francisco em Vila Dourada, a quem Lagoa da Italianinha pertencia na época.
Mesmo tendo sido rica no passado, a Irmã Renata Augusta fazia os serviços mais humildes, como faxina, limpeza, além de comida. Vivia com um hábito simples e de pés descalços, e agia com humildade, conversando com os animais. Mas se achava às vezes muito pecadora e costumava algumas vezes praticar a auto flagelação.
Bom, a freira tinha uma irmã gêmea, que casou-se com o mesmo rapaz com quem ela se casaria. Uma das bisnetas dessa mulher é exatamente a mendiga Renata, que já nasceu em família pobre, pois uma neta dela perdeu tudo. Renata acabou indo parar nas ruas, mas acabou herdando a humildade da freira antepassada. Renata nem quis ir morar nos prédios quando alguns mendigos deixaram as ruas, preferindo Renata ficar do lado dos seus amigos de rua. Recentemente, Renata conheceu a história de sua antepassada: a moradora de rua foi ao colégio que leva o nome dela, o Colégio Irmã Renata Augusta, e foi apresentada pela Irmã Alcineia, a diretora do educandário.
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