Durante um dia inteiro, desde umas 8 sa manhã, Cássia estava no terminal rodoviário em Lagoa da Italianinha. Ela permanecia sentada, isolada e falando sozinha. Cássia também chegou a ficar deitada por um tempo ali.
Marlene disse para suas funcionárias Santa e Deinha:
- Essa moça, Cássia, tá aqui desde manhã. Eu me preocupo se ela inventar de se sentar numa das nossas cadeiras, pois ela urina e caga nas calças, imagina como vai ser se chegar cliente?
- Coitada, ela é meio doida... - disse Santa.
Deinha disse:
- Ela passou aqui com uns papos estranhos também. Sem pé nem cabeça...
Cássia se levantou do chão onde estava dormindo, e ela disse:
- Eu tô aqui querendo que chova, mas não chove... Eu tô doida pra correr na chuva.
Santa disse:
- Mas aqui no Nordeste estamos no tempo de calor.
- Sei... Deveria ser proibido por lei fazer calor e ser obrigatório cair chuva todo dia. Eu me sentiria muito feliz.
Santa olhava Cássia com estranheza. Em dado momento, Cássia perguntou:
- Você vende torta?
- Não.
- Eita eu queria... Se tu tivesse ia te pedir pra tu tascar a torta na minha cara. Mas tu não tem...
Cássia se retirou dali, e Santa disse:
- Oxe, que mulher estranha...
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