Numa certa manhã, a mendiga Esvalda estava na rodoviária de Lagoa da Italianinha. Ela havia passado a noite dormindo ali mesmo. Marlene, a dona da lanchonete, chegou ali e disse para suas duas funcionárias Santa e Deinha:
- Não dêem muita atenção para essa tal de Esvalda, ela está drogada, podem ver que os olhos dela estão vermelhos.
Deinha disse:
- Além de não tomar banho ainda vive nas drogas. Isso é triste demais.
Esvalda se levantou e se aproximou da lanchonete. Exalava um mau cheiro forte. Disse para Santa:
- Bota uma dose pra mim!
Santa ficou desconfiada. Esvalda disse, já nervosa:
- Tais olhando o que, tais me tirando é? Eu tô com dinheiro aqui! Bota logo a dose! E quero cigarro também!
Santa serviu Esvalda, e ela se sentou ali perto. Santa disse:
- Essa mulher tem família não é?
- Tem sim - disse Deinha - mas ela não se dá bem não. Saiu de casa por causa de drogas e por que não queria tomar banho.
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