sábado, 24 de agosto de 2024

O dia que Getúlio Vargas morreu

 

O Brasil parou para ouvir a notícia do suicídio do então presidente Getúlio Vargas, ocorrido em 24 de agosto de 1954. Na venda de Ed, no sítio Maniçoba (que já era uma vila), em Pernambuco, não se falava de outra coisa. Estavam ali o coronel Jefferson, o italiano Jadiael, o italiano Hélio e até o fazendeiro Daniel, que já tinha 94 anos nessa época. 

Ed disse:

- Ouviram que o presidente se matou? Deu um tiro no peito e morreu? Deixou até uma carta-testamento, onde dizia: "Saio da vida para entrar na História"...

Jefferson disse:

- Eu ouvi, sim, essa história tá muito mal-contada...

- Pois pra mim, ele foi covarde, que nem o da Alemanha, nove anos atrás - disse Jadiael. 

Daniel disse:

- A pressão tava grande em cima dele, tinha até denúncias de corrupção, e um dia desses tentaram matar um jornalista que vive denunciando ele, um tal de Carlos Lacerda... 

- Sim, seu Daniel. E chegaram num tal de Gregório Fortunato, o chefe da guarda presidencial - disse Ed. 

Hélio disse:

- Mamma mia, agora quem assume? 

- O novo presidente será o Café Filho. Ele é o atual vice. Ele já foi jogador lá no estado dele, Rio Grande do Norte - disse Ed. 

Enquanto isso, Mônica estava inconsolável. Ela era admiradora incondicional de Getúlio Vargas. Seu filho Antônio Neto trouxera a notícia. Ela disse:

- Ele não se suicidou, Antônio! Mataram ele!

- A senhora acha?

- Mas é claro. Não tem quem me faça mudar de ideia. Ele tinha muitos inimigos! 

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