Mesmo tendo perdido sua mãe Emma com apenas um ano de idade, Hadassa sofre muito com a sua falta. Frequentemente, ela é vista chorando abraçada ao seu ursinho de pelúcia. Hadassa vê algumas amiguinhas suas com mães vivas e ela fica arrasada.
Seu pai, Esdras, tenta acalmar a menina. Ele lhe demonstra todo amor e todo o carinho de pai. Porém, Hadassa diz:
- Minha mãe tá me protegendo lá do céu... ela me ama, eu sonho com ela abraçada a mim...
Esdras disse:
- Filha querida, eu tenho certeza que ela te ama muito. Quando você nasceu, ela te pegou nos braços com tanto amor...
Hadassa chorava, e Esdras a abraçou. Mais tarde, Esdras estava no jardim, cuidando das plantas, e a sueca Greta estava com ele. Ele contou:
- Hoje fiquei de coração partido, minha filha chorou de saudades da mãe dela.
- Puxa, eu imagino. Ela teve uma morte trágica...
- Sim, morta pelo próprio pai que não aceitou o casamento dela comigo. Um acidente quando ela voltava de Vila Dourada pra Lagoa da Italianinha, provocado por um pau-mandado dele, a mando dele!
- Como assim? Eu não sabia. Tem certeza?
- Absoluta! Mas ele não é punido porque é um homem muito rico.
- Nossa, eu tô surpresa - disse Greta.
- Eu nunca vou perdoar aquele traste do Ademar, meu ex-sogro, pelo que ele fez com minha Emma, a própria filha dele. E se depender de mim, Hadassa jamais vai reconhecer esse monstro, esse Hitler Mussolini, como avô dela!
Greta disse:
- Eu entendo sua revolta. Mas você não é igual a ele. Você precisa perdoar. Não se esqueça que um dia a justiça cairá sobre ele, pode não ser na terra, mas será no céu.
- É difícil perdoar... principalmente quando vejo minha filha chorando.
Greta deu um abraço em Esdras. Hadassa viu de longe e deu um leve sorriso.
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