quinta-feira, 1 de agosto de 2024

O temor da repetição de uma triste história

 

O ano era 1968, que coincidia com o endurecimento do Regime Militar no Brasil. Isso preocupou Alessandra,que já era uma alemã idosa de 71 anos que estava residindo em Maceió desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após ter passado seis anos presa em um campo de concentração exatamente por possuir ideias de esquerda, motivos de perseguição também no período militar. 

Alessandra falou do assunto com seu vizinho, o pai de Helânia, que ainda era uma menina. Ele tinha amizade com pessoas ligadas ao próprio regime, de modo que ele pediu para que não mexessem com Alessandra se ela viesse a dar alguma opinião, pois ela estava idosa e doente e só se preocupava em ficar em paz. 

A autorização foi dada. Durante esse período, Alessandra ficou muito preocupada, mas falava do assunto apenas de forma particular, sem publicações. Ela apenas foi mais contundente quando expressou preocupação de que o criminoso Joseph Mengele, o médico do campo de concentração de Auschwitz, estivesse morando no Brasil. Mas apesar de todas as suas preocupações, Alessandra não foi incomodada pelos membros do regime. 

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