quarta-feira, 18 de setembro de 2024

A terra de Fabiana

 

Quem mora em Santa Elena de Uiarén, na Venezuela, não imagina os perrengues que uma filha da terra, Fabiana, anda passando no Brasil. Ela está morando nas ruas em Lagoa da Italianinha, ao lado dos seus filhos Felipe, Isaías e Samuel. 

Fabiana é de uma família humilde, que anda sem querer saber muito da filha, pois ela quis fugir do país desde que a crise humanitária assolou o país. A cidade fica perto da fronteira com o Brasil, e Fabiana atravessou a fronteira clandestinamente com vários venezuelanos, e se estabeleceram em Pacaraima, e depois em Boa Vista, a capital de Roraima. 

Fabiana também morou nas ruas de Boa Vista, mas por alguma razão desconhecida, se recusou a ir para abrigos. Foi quando começou a se aventurar pelos diferentes estados, começando pelo Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí, até chegar em Pernambuco, onde após passar por algumas cidades, chegou em Lagoa da Italianinha. 

Seus três filhos já estão acostumados com essa vida nômade, e eles também resistem à ideia de viver em abrigos. 

Alguns representantes da Prefeitura de Lagoa da Italianinha procuraram por Fabiana e pelos filhos, assim como fizeram com outras duas famílias venezuelanas que estão na cidade. Mas Fabiana não quis ir para nenhum abrigo, e os três filhos também negaram a ideia. Fabiana e os filhos vagueiam pelas proximidades da Rodoviária, Pátio Verona ou Praça 27 de Dezembro. 

Como esmolas, eles aceitam geralmente comidas, roupas ou dinheiro. Não aceitam calçados, pois gostam de ficar sempre andando descalços, e nem aceitam trabalhos fixos, mas apenas "bicos". Eles estão sendo criticados na cidade por essas atitudes. 

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