A paciência de Marlene, que continua presa, já anda se esgotando com Danúzia, e Marlene ameaça falar tudo que sabe.
Um novo habeas corpus foi negado pela juíza Suely, e Marlene continua presa. Mas ela, numa certa manhã, recebeu uma visita surpresa: a Quitéria, que foi sua patroa. Marlene disse:
- O que a senhora quer aqui?
Quitéria disse:
- Vim olhar sua decadência, Marlene. Olha aí o resultado de pessoas que esfaqueiam nas costas quem lhe deu a mão.
- Já pode acabar o sermão, tá?
Quitéria disse:
- Eu te dei emprego, quando tu saiu das ruas, e o que tu fez? Virar minha inimiga, se virar contra mim. Tu teria todo direito de abrir uma lanchonete aonde tu quisesse. Mas não me afrontar feito tu vinha fazendo.
- Veio aqui pra me dar sermão, foi?
- Não só isso, vim te dar uma noticia. O dono do galpão do Pátio Verona em frente à minha lanchonete que você tinha alugado pra fazer sua lanchonete desistiu do negócio. Ele não quer mais negócio com você.
- Você está brincando?
- Não, estou falando muito sério. Ele falou pra mim e me pediu desculpas por ter alugado aquele ponto pra você. Agora, sim, vou embora. Tomara que tu nunca saia da cadeia, que é o lugar que pessoas como você merecem.
- Vá embora!
Quitéria se retirou, e Marlene ficou aborrecida.
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