Em Vila Dourada, a candidata de oposição Maria da Glória causou polêmica ao prometer, caso eleita, mudar o nome de uma das ruas da cidade, retirando o nome de Dalva Villegagnon. Acontece que Dalva, que viveu no século XX, era tida como malvada e cruel, sendo atribuída à ela inclusive a morte de sua irmã Francielly Villegagnon em 1935. Quando já estava perto de morrer, em 1996, o padre Gustavo Villegagnon disse que "sua irmã Dalva tinha inveja de Francielly".
A proposta de Maria da Glória causou diferentes reações. Nas ruas da cidade, todos os membros da família - menos Francielly - são homenageados em nomes de ruas. Francielly, para compensar, é homenageada numa das ruas de Lagoa da Italianinha.
Os que defendem a proposta da candidata dizem que Dalva foi um exemplo de maldade, e por isso, não se deve render nenhuma homenagem a ela. Já os que são contra a proposta alegam que apagar o nome de Dalva da rua não resolve nada e só faz apagar a história da cidade, sendo ela de uma família tradicional.
Dalva era a quarta filha - sendo mais nova que Arnaldo, Beatriz e Carlos - do casal Jorge (um francês, descendente de Jacilene) e Joana, que era pernambucana. Dalva nasceu em 1896, e sempre foi celebrada por sua beleza. Mesmo assim, seu pai manifestava preferência por Francielly, que nasceu em 1900. Dalva sentia inveja, e quando foi descoberto o caso de Francielly com Leandro, o motorista da família, Dalva usou tudo isso para excluir Francielly do convívio da família.
Em 1935, Francielly morreu numa queda de cavalo, que pode ter sido provocada por Dalva. Estêvão, irmão das duas, foi o primeiro a levantar essa hipótese, depois de ter ouvido de Dalva que "ela se livrara da irmã".
Dalva, porém, mesmo sem Francielly, não conseguiu o amor de seu pai, e ainda causou muitos desgostos à família, vivendo em boates, fumando e bebendo excessivamente e se relacionando com muitos homens. Quando já estava idosa, Dalva tinha pesadelos e vivia angustiada, com medo do julgamento que viria. Dalva morreu em 1976, aos 80 anos, na miséria, e rejeitada pelos irmãos que ainda eram vivos (Estêvão, Gustavo e a adotada Helena).
No dia do enterro de Dalva, um homem teria gritado:
- Dalva agora tá no inferno abraçada com o capeta!
Ele foi afastado do cemitério pelos seguranças. Mesmo com tantas maldades atribuídas à ela, Dalva batizou uma rua em 1977. É essa rua que Maria da Glória deseja mudar o nome.
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