Ana Patrícia, de repente, passando perto do chafariz da praça 27 de Dezembro, viu uma antiga conhecida sua: a Warlla, moradora de rua que se veste como madame. Ana Patrícia deu risadas dela, e Warlla, ao perceber disse:
- Tá rindo de que, cobra descabelada?
- De tu. Esquece que tu tá na rua, morando nas ruas, dormindo em calçadas? Tá assim feito uma madame? Te enxerga.
Warlla riu e disse:
- Olha, eu pelo menos, mesmo morando nas ruas, estou chique. Veja tu, como está, descabelada, suja, oxe. E um dia desses ainda te vi careca e descalça nas ruas.
- Isso não é da sua conta.
- Eu te conheço, sua bandida. Tu vivia direto me chalerando, e depois que eu perdi tudo, tu foi uma das que mais riu. Sua nojenta, nem da tua mãe Jennifer tu gostava, tu fosse uma péssima filha pra ela.
- Warlla, não queira bancar a boa samaritana, que tu também não vale nada. Por isso, tu perdeu tudo, porque sempre foi esbanjadora e desonesta!
- Não diga, tu não vale o peido de um gato, visse?
Ana Patrícia disse:
- Ah, esqueci,. tu é uma mendiga! Não vou me rebaixar a uma mendiga! Warlla, tu é uma mendiga! E pronto!
Ana Patrícia saiu dali, e Warlla disse:
- Vontade de quebrar os dentes dessa cobra. Mas eu sou uma madame fina e elegante. Mesmo eu morando nas ruas...
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