Após muito tempo, a hippie Kleyze, que mora numa gruta, decidiu ir visitar sua mãe, a beata Leda. Ela foi recebida por ela e por seu irmão Lucas. Apesar de um conflito existente entre mãe e filha, Kleyze foi bem recebida por sua mãe. Durante o almoço, Leda disse:
- Filha, tu tá assim, longe de mim, venha pra casa, as portas estão abertas, filha.
- Estou bem assim, mãe. No meio da natureza.
- Tu anda assim, feito hippie, descalça, pegando micróbios nos pés, filha...
Kleyze disse:
- Oxe, mãe, a senhora também foi hippie na juventude. E não esqueça que sua mãe, minha avó Maria Clara passou a vida inteira descalça, ela era filha de índios e nunca se calçou na vida.
- É, minha mãe era assim, mas eu, na juventude, andei descalça, sim, fui hippie, até morei nas ruas, mas eu não quis continuar assim. Me tornei uma dama da sociedade.
- Bom, eu nunca gostei dessa coisa de madame chique, eu gosto de ser assim como sou, pé no chão e conexão com a natureza - disse Kleyze.
Lucas disse:
- Não vamos discutir sobre isso agora, não é?
- Não. Kleyze está aqui e isso me alegra! - disse Leda.
Conversaram muito, e durante a tarde, Kleyze voltou para a gruta.
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