Em Fortaleza, no ano de 1866, Armanda nutria ódio da sua prima Alvanir, mas também havia alguém que ela odiava além dela: o sr. Thomas, vizinho que morava em um sobrado vizinho. Thomas, que nessa época, tinha 90 anos, disse para a Irmã Isabela, a freira que cuidava dele:
- Essa moça, Armanda, me lembra muito a Sinhá Adriana lá da minha infância em Vila Rica, ela foi a mulher que matou meus pais em 1782, quando eu tinha apenas seis anos.
- Credo, Armanda tão bonita, e é tão má assim?
- Muito. Ela quer acabar com a Alvanir, que tem o brilho que ela inveja ter.
Numa certa noite, Armanda estava em casa, quando viu sr. Thomas sozinho, esperando falar com o barão Almir, o tio de Armanda. Ela disse:
- O que o senhor está fazendo aqui?
- Vim falar com seu tio.
- Já sei, vai fofocar sobre mim.
- Não, tenho outros assuntos pra tratar com ele.
Armanda disse:
- Olha aqui, velho, eu sei que o senhor me odeia. Será que o senhor se vê tão velho, já fazendo hora extra no mundo e queria uma linda feito eu e sabe que não pode ter?
- Mais respeito, moça. Meu único amor foi minha falecida mulher.
- Ahhhh, sim, acredito...
O barão Almir apareceu e disse:
- O que está acontecendo?
- Nada, só estávamos conversando - disse o sr. Thomas.
Thomas entrou na sala de Almir para conversar assuntos relacionados ao sobrado. Armanda dizia:
- Esse velho moribundo pensa que pode desfrutar dessa princesa que eu sou...
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