Na lanchonete da rodoviária, depois de ter passado a noite dentro do seu tonel, Cida estava ali tomando café. Desempregada, sem um bico, Cida pedia esmolas. Solitária, mora já faz anos pelas ruas, fazendo de um tonel seu abrigo.
Marlene, enquanto lhe servia o café, disse:
- Você não tem família? Ninguém?
- Ninguém!
- Tu não passava jogo um tempo desses?
Cida disse:
- Passava, mas eu saí eu levava muita cantada de cabra safado até lá dentro. Eu quero fazer alguma coisa, mas não ser explorada. Sou pobre mas não sou burra!
Cida tomava seu café enquanto Marlene atendia outros clientes.
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