Numa certa manhã de muito calor, na Praça 27 de Dezembro, Valdenes e Aline Débora estavam passando juntos por ali, e admiravam o chafariz da praça jorrando água. De repente, Valdenes disse:
- Me deu vontade de entrar na fonte, igual nos tempos que eu morava nas ruas...
- Sério????
- Sim. Eu gosto, e até sinto falta de nadar no chafariz.
Valdenes, que estava de roupa social e descalço, tratou de entrar logo, e Aline Débora, que estava de vestido, ficou olhando no começo, surpresa com a coragem dele.
Valdenes nadava na fonte, e disse:
- Puxa, Aline, tá tão bom, entra também!
Aline Débora sorriu, e ela também entrou no chafariz. Os dois se divertiam ali. Pouco depois, passava por ali a Cyntia Fernanda, irmã de Aline Débora, e levou um susto quando viu os dois no chafariz. Ela disse:
- Oxe, tão malucos, é? Nadando no chafariz?
- Oxe, é muito bom, venha, irmã.
- Oxe, tenho coragem, não.
Passaram uns vinte minutos nadando e mergulhando no chafariz, e depois, os dois saíram. Alguns os olhavam com olhares de zombaria. Aline Débora chegou na floricultura onde trabalha, e sua patroa Cileide disse:
- Oxe, porque tu tá molhada?
- Por um momento muito bom que eu tive agora...
- Esepera teu vestido secar, e depois, venha trabalhar.
Valdenes também chegou molhado na escola de música, e Eraldo disse:
- Oxe, que raio foi isso? Nem está chovendo!
- Fui pro chafariz!
- Oxe, ficou maluco?
- Me deu vontade e eu nadei, e farei isso quantas vezes for preciso!
Valdenes entrou na sua sala de desenhos. Judilane, a esposa de Eraldo, estava ali, e disse pra ele:
- Esse teu amigo é gente boa, mas tem uns parafusos soltos...
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