Na cidade de Fortaleza no tempo do Brasil Império, a jovem Armanda, sobrinha de um poderoso Barão, chamava atenção por sua beleza e por ser uma madame elegante. Sua irmã mais velha Denise costumava ficar mais em casa, e Armanda costumava sair, sendo tratada como rainha, carregada por escravos.
Entretanto, o que tinha de bela, tinha de má; nutria ódio contra sua prima Alvanir, a segunda de três filhas do barão - as outras eram Aline e Aurineide. Não foram poucas as vezes que Armanda criou brigas e intrigas contra sua prima.
No ano de 1867, numa noite, ela reclamou das escravas Socorro e Adriallina, dizendo:
- Vocês duas não sabem fazer nada, eu deveria mandar vocês duas para o tronco!
- Senhora, nos desculpa... - disse Adriallina.
- Desculpa coisa nenhuma. A comida tá ruim, e se voltarem a servir de novo assim vão as duas pro tronco!
As duas escravas se afastaram, e Socorro disse:
- Tive uma vontade de dar uns tabefes nessa metida...
- Seria pior, Socorro. Infelizmente ela é assim Sinhá Alvanir nos avisou.
Armanda continuou com esse tratamento com os escravos e com esse mesmo tipo de vida até 1889, quando foi internada em um hospício.
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