Numa certa tarde no ano de 1936, Mônica estava em sua casa, quando um carro parou à sua porta, e ela viu que era o padre Francisco, que viera visitá-la. O padre desceu do carro, e disse:- Posso falar com a senhora?
- Entra, padre!
O padre entrou, e Mônica se sentou em sua cadeira de balanço, e disse:
- Sente-se.
O padre se sentou no sofá, e disse:
- Bom, minha amiga, vou direto ao assunto. Faz tempo que a senhora não comparece à missa, e ainda não levou seu filho Antônio Neto mais. Como quer que ele cresça nos caminhos do Senhor?
- Padre, o Antônio Neto é muito respondão e rebelde, depois que chegou esses italianos, ele parou de me respeitar, fez amizade com uma pirralha italiana, logo eles, que vivem querendo tomar as terras do meu primo Jefferson.
- Bom, eu não vejo mal algum nessas famílias italianas que aqui chegaram...
- Como ousa me contrariar, padre? Olha, eu não estou bem com esse pessoal, e ainda ando doente. Tudo por conta de aborrecimento.
- Onde está seu filho?
- Está no mato, capinando, cultivando terra. Ele adora pegar a enxada.
O padre disse:
- Eu gostaria que a senhora fosse na missa amanhã, o padre de Vila Dourada vai vir celebrar a missa aqui no sítio Maniçoba, tem uma comunidade inteira e até nessas bandas de Lajedo de Canhotinho, Jurema, Cupira de Panelas, deve vir gente.
- Me esforçarei pra ir, padre.
- Muito bem. Eu vou indo.
O padre se retirou, e Mônica na sua cadeira de balanço, falava sozinha...
- Não gosto muito desse padreco... depois que ele defendeu os italianos, perdeu meu respeito.
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