quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Jacilene e a revolução

 

Mesmo morando em Vila Rica, Minas Gerais, a francesa Jacilene recebeu notícias de que sua terra natal vivia um período de Revolução. O ano era 1789. 

Jacilene tocou no assunto com Sinhá Adriana, que condenou a revolução. Ela disse:

- Tomara que o rei mate todos esses bagunceiros!

Jacilene, que possuía os ideais da Revolução Francesa, não gostou. Depois, ela esteve com a Brenda, vendedora de comidas, e com o menino Thomas, que lhe perguntou:

- Dona Jacilene, é verdade que lá na França tá tendo revolução?

Jacilene disse:

- Sim, creio que dessa vez a Monarquia vai cair, e vai ser República igual as antigas treze colônias da América do Norte, que o pessoal chama de Estados Unidos da América...

Brenda perguntou:

- O que tu acha disso?

Jacilene disse:

- Eu estou feliz, porque o povo de lá sofria pesados impostos, para sustentar luxo de reis. O povo foi atrás, se rebelou e esse fato está acontecendo. E espero que isso aconteça um dia aqui no Brasil, que esse lugar, no dia que se separar de Portugal, o povo tenha essa mentalidade. Nunca deve-se esperar por governos, o povo tem que tomar a atitude. 

Thomas disse:

- É verdade!

Jacilene disse:

- Escute bem, Brenda e Thomas. Se aqui um dia, caso seja independente, o povo não fizer assim, e tivermos governantes como esses lá da França, que colocavam peso nas costas do povo e o povo sustentava o luxo deles, e o povo não tomar a iniciativa, esse lugar nunca sairá do atraso. Não se pode pensar apenas em pão e circo, mas tem que tomar a frente. A França está vivendo uma nova era, onde o poder sairá da mão de um homem para ser do povo. Que isso seja assim aqui também! 

Um comentário:

O dia que Alessandra temia

  Durante sua juventude, a jovem alemã Alessandra temia o crescimento da extrema-direita no seu país. Como Alessandra militava na esquerda, ...