Numa certa noite, na lanchonete de Quitéria, no bairro Nova Itália, vizinho ao centro de Lagoa da Italianinha, apareceram a juíza Suely e sua filha Sara, as duas carecas. Suely vinha do fórum, havia ido buscar sua filha na loja dela e a trouxe de carro. Quitéria disse:
- Quem é essa jovem bonita, doutora juíza?
- Minha filha Sara, voltou há poucos dias do Rio de Janeiro.
- Careca que nem a mãe?
- Sim, com certeza! - disse Sara, sorridente.
Quitéria serviu um suco para as duas. Em dado momento, enquanto estavam sentada, Sara disse:
- Poxa, mãe, fica umas pessoas me olhando atravessado porque sou careca...
- Deixa, filha. Não ligue. Ou senão, deixe seu cabelo crescer...
- Eu jamais!
- Nem eu. Podem falar o que quiser de mim, não deixarei meus cabelos crescerem nunca mais! - disse Suely.
- Que bom, mãe, nem eu. Tô amando esse meu novo visual...
- E como tá sua loja, filhota?
- Tá indo, né? Eu na verdade, abri mais a loja para não ficar parada, mas meu forte mesmo é ser blogueira e influenciadora. Quando o movimento melhorar por lá, eu chamo alguém pra ficar ali na minha ausência.
- É muito bom, filha.
Sara disse:
- Mãe, ontem eu te vi cantando louvor, eu fiquei impressionada. Na boa? Essa carreira de juíza é muito arriscada, a senhora podia ser cantora!
- Oxe, quem sou eu???? Minha voz não é lá essas coisas, filha.
- Modesta, a senhora... não foi o que eu vi ontem. Elba Ramalho e Laura Pausini perdem pra senhora.
Suely deu uma risada e disse:
- Para, filha, tu exagera demais, oxe!
As duas ficaram ali por um tempo conversando, e depois que tomaram o suco, foram pra casa.
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