Durante o tempo que Tia Sandra esteve morando nas ruas de Verona, entre 1935 e 1937, ela passou por algumas privações. Não largava de sua boneca de pano, e era vista sempre brincando com ela, apesar dela já ter nessa ocasião mais de 40 anos de idade.
Embora fosse de família rica, ela sempre foi rejeitada devido à sua condição de ter mente de criança. Sua sobrinha Lanie era a única que a amava, mas ela partiu para o Brasil por que seu marido estava sendo perseguido pelo regime fascista de Mussolini.
Não era a primeira vez que Tia Sandra morava nas ruas; ela já fugira inúmeras vezes de casa desde 1911, mas não passava mais que duas noites nas ruas.
Quando a família procurava por ela, Tia Sandra se escondia, quando os via. Ela mesma não queria voltar para casa, pois não se sentia amada.
Algumas vezes, Tia Sandra chegou até a ceder seu cobertor para mendigos mais velhos, quando fazia muito frio. Ela era conhecida por ser bondosa e caridosa.
Tia Sandra passou o ano de 1936 inteiro morando nas ruas, como mendiga. Nessa ocasião, ela completou 45 anos dormindo nas calçadas.
Apenas em 1937, depois de mais de dois anos, Tia Sandra voltou para casa, e em seguida, seria internada em um hospício em Milão, de onde só sairia em 1946.
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